quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Telefone para Oscar Wilde



Oscar Wilde- Alô?

Pesquisador- Bom dia, senhor Wilde. Gostaria de saber se o senhor tem 5 minutinhos para responder algumas perguntas. Eu trabalho numa empresa de pesquisa de opinião e...

Oscar Wilde- "O trabalho é a praga das classes bebedoras".

Pesquisador- Qual seria, para o senhor, a principal função do Estado?

Oscar Wilde- "O Estado deve fazer o que é útil. O indivíduo deve fazer o que é belo".

Pesquisador- Na sua opinião, o Estado faz cumprir a constituição brasileira - tratando todos os cidadãos de forma igualitária?

Oscar Wilde- "Não tenho nada a declarar a não ser a minha genialidade".

Pesquisador- Prefere não responder essa pergunta? Ok. O senhor está satisfeito com o papel do Estado na sua vida?

Oscar Wilde- "A insatisfação é o primeiro passo para o progresso de um homem ou de uma nação."

Pesquisador- ...consideraria o atual governo federal "ótimo", "bom", "regular" ou "péssimo"?

Oscar Wilde- "A forma de governo mais adequada ao artista é a ausência de governo. Autoridade sobre ele e a sua arte é algo de ridículo".

Pesquisador- Não consigo classificar essa resposta em meu questionário.

Oscar Wilde- "Ser grande significa ser incompreendido".

Pesquisador- (Risos.) É verdade!

Oscar Wilde- "Ah! Não me diga que concorda comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado".

Pesquisador- Calma, eu não quis ofender. Só estava sendo natural.

Oscar Wilde- "O natural também é uma pose".

Pesquisador- Podemos continuar? O senhor votaria no presidente Lula se houvesse possibilidade de terceiro mandato?

Oscar Wilde- "O homem pode acreditar no impossível, mas nunca pode acreditar no improvável".

Pesquisador- Só tenho "sim", "não" ou "prefere não dizer"! Em que diabo de opção coloco a sua resposta?

Oscar Wilde- "As nossas tragédias são sempre de uma profunda banalidade para os outros"

Pesquisador- Esse trabalho não vale o dinheiro que me pagam! (Desliga.)
 
Oscar Wilde-
"Quando eu era jovem, pensava que o dinheiro era a coisa mais importante do mundo. Hoje, tenho certeza".

Fonte: Texto e imagem cedidos pelo caricaturista Toni D’Agostinho e estão no blog de testes do Toni (http://blogdetestes-toni.blogspot.com/2009/10/telefone-para-oscar-wilde.html)

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Camisetas Literárias

Além de literárias, as camisetas são lindas e possuem um charme muito nerd.
Para saber como comprar e conferir modelos de Poe a Sherlock, é só clicar aqui.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O Livro do Cemitério, Neil Gaiman

Para Ninguém Owens, criado desde bebê por fantasmas e seres de outro mundo, a morte é apenas a morte e o perigo está na vida, do outro lado dos portões do cemitério. Lidar com os vivos é a lição mais difícil que o menino terá de aprender. Tão difícil quanto crescer.

Escrito por Neil Gaiman e ilustrado por Dave Mckean, O Livro do Cemitério foi publicado no Brasil pela editora Rocco.

Gaiman se inspirou no clássico O Livro da Selva, de Rudyard Kipling para escrever O Livro do Cemitério e criou algo totalmente inusitado e fabuloso, uma vez que temos fantasmas e um cemitério e não a selva com os animais.

A história, apesar de infanto-juvenil, já se inicia com um derramamento de sangue. O único sobrevivente é um bebê que sai engatinhando de sua casa e se infiltra num cemitério.

O bebê recebe o nome de Ninguém e é adotado pelos fantasmas Sr. e Sra. Owens e protegido por Silas, um ser de outra natureza que se torna seu guardião.

Nin recebe a liberdade do cemitério, podendo fazer coisas que só são permitidas aos mortos. Ao longo dos capítulos, vivenciamos as aventuras e o crescimento de Nin, suas amizades, seus medos, a escola e os mistérios que envolvem sua família.

É um livro lindo, com um final que mescla felicidade e melancolia... Me fez chorar, mas também me fez refletir sobre a importância da vida, que nada mais é do que viver.

Eu já era fã de Gaiman, agora quero ser sua discípula.

Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley

Aldous Leonard Huxley nasceu em 26 de julho de 1894 em Surrey, Inglaterra. É autor de sátiras brilhantes e publicou Admirável Mundo Novo em 1932, que denuncia os aspectos desumanizadores do progresso científico e material.

A história se passa em uma sociedade futurística onde as pessoas são produzidas em massa, divididas em castas e condicionadas a viverem sob um sistema onde as regras sociais devem prevalecer. Deus foi substituído por Ford e todos os problemas existentes podem ser solucionados com gramas de Soma, que é uma espécie de narcótico.

No livro, o jovem Bernard Marx fica insatisfeito com o sistema, em suas férias consegue uma autorização para viajar até uma reserva de selvagens no Novo México e leva a bela Lenina Crowne com ele.
Em Novo México conhecem um selvagem chamado John - que cita Shakespeare e que cuja mãe pertenceu ao sistema de castas - e decidem levá-lo juntamente com a mãe, de volta à civilização.
O tema de Admirável Mundo Novo não é o avanço da ciência em si; é esse avanço na medida em que afeta os seres humanos. É um livro perturbador, que causa estranhas sensações. Lê-lo é como cutucar um machucado que está sangrando. Quando terminamos de ler, é impossível esquecê-lo, deixar de refletir, voltar páginas e associá-lo à sociedade atual.

A leitura apesar de simples e fluida, é um soco no estômago, cheia de referências a personalidades da história e críticas disfarçadas de prosa. Não é a toa que influenciou a Literatura e o Cinema.
Além de tudo isso, é legal saber que o livro inspirou ábuns como Brave New World, do Iron Maiden e músicas como Admirável Chip Novo, da Pitty e Admirável Gado Novo, do Zé Ramalho.

Recomendo!

Litteris

E as dicas de leitura e novidades da semana são:

1.Um Sábado Qualquer, um site de tirinhas criadas por Carlos Ruas que têm como protagonistas Deus, Adão, Eva, Caim e Luciraldo, o diabo.

2. Joaninha Platinada é um blog inteiramente voltado para as Literaturas Infantil e Juvenil que foi criado em 2010 pelo JP Hergesel. Atualmente, também é um dos blogs em que escrevo.

3. A L&PM Editores vai lançar O Grande Gatsby em versão pocket. Ainda não viu a capa? Clica aqui.

4. As 10 das principais fadas da Literatura, no Listas Literárias.

5. Dicas sobre como fazer seu filho gostar de ler no Meia Palavra.

Até a próxima!

O Amor nos Tempos do Cólera (Love in the Time of Cholera)


Elenco: Javier Bardem, Giovanna Mezzogiorno, Benjamin Bratt, Catalina Sandino Moreno, John Leguizamo, Fernanda Montenegro.
Lançamento: 2009 (EUA)
Direção: Mike Newell

Gênero: Drama/Romance

Duração: 139 min

Distribuidora: Fox Film

O Amor nos Tempos do Cólera é baseado no livro homônimo do escritor vencedor do Prêmio Nobel, Gabriel Garcia Marquez. Conta a história de um amor entre dois jovens, Florentino Ariza (Javier Bardem) e Fermina Daza (Giovanna Mezzogiorno). Após um “namoro” através de troca de cartas Florentino resolve pedir Fermina em casamento e ela aceita, mas eles não contavam com a reprovação do pai, Lorenzo Daza (John Leguizamo), que queria um noivo mais bem posicionado socialmente, já que Ariza apenas trabalhava numa agência dos Correios. 


Lorenzo decide enviar a filha para a fazenda de sua prima Hildebranda Sanchez (Catalina Sandino Moreno), onde fica alguns anos. Florentino jura amor eterno a Fermina e espera seu retorno, mas quando volta ela conhece o famoso médico Juvenal Urbino (Benjamin Bratt), um dos maiores especialistas sobre a doença do cólera e no início não liga para os cortejos dele, mas acaba cedendo e se casando com Urbino.


Depois disso Florentino tem uma vida bastante movimentada principalmente porque acaba tentando compensar a perda de seu amor com muitas mulheres, sobre as quais escrevia cada particularidade em um caderninho e a decisão de enriquecer, já que foi por ser pobre que ele perdeu seu grande amor para um médico, famoso, rico e querido em toda a cidade. Enquanto isso, cada dia Florentino espera pela morte de seu “rival” para finalmente ter de volta seu verdadeiro amor.

Um filme que consegue captar a essência do livro de Garcia Marquez, com atuações excelentes de seu elenco e a participação de nossa Fernanda Montenegro mostrando todo o seu talento e experiência, provando que o Brasil também tem grandes atores.
O Amor nos Tempos do Cólera é um filme emocionante, belo e tocante, mas não é triste ou meloso, como vários filmes românticos que acabam entediando o espectador.


Outra observação é a excelência da maquiagem, pois as personagens vão envelhecendo e os atores são maquiados de uma forma em que o espectador acredita que eles envelheceram mesmo, além da atuação (como já foi dito), que ajuda ainda mais nessa aparência idosa. Esse filme é uma obra prima e vale a pena tê-lo na estante para ver e rever muitas vezes esse exemplar de arte cinematográfica.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Cinzas do Norte, Milton Hatoum

Cinzas do Norte recebeu vários prêmios e é considerado um dos melhores livros de Milton Hatoum ao lado de Dois Irmãos. É um livro através do qual Milton demonstra extremo domínio sobre a linguagem, a criação de uma narrativa complexa (através do jogo de flash backs misturando passado e presente) e a contar uma magnífica e bela história com uma grata surpresa no final.

A relação de Jano com a família é complicada, principalmente com seu filho, pois Mundo descobre um talento para a arte e Jano acha que isso é uma besteira, deixando cada vez mais de “amar” seu filho (“Se eu tivesse filhos! Por isso invejo a sorte de alguns proprietários da região, homens e mulheres que criaram homens e têm herdeiros. Enquanto eu vou morrer sem herdeiro, Deus não me deu um”) e, além disso, acha que a tentativa de Mundo de se tornar um artista é um equívoco.

O Colégio Militar na época da ditadura tratava os alunos como animais e exigia esforço sobre-humano nos treinamentos de campo e ainda não permitia que os alunos tivessem suas próprias ideias (se fossem contra o governo vigente), tratando-os como máquinas que deveriam simplesmente amar o país (na verdade a ditadura), ser excelentes soldado a qualquer preço e alienados sem influência das artes.

O Colégio Brasileiro representa a maior parte dos colégios públicos brasileiros que passam o aluno de ano sem ele ter se esforçado, pois Mundo foi para lá para “desenhar a vontade, acordar tarde, entrar na aula no meio da manhã e cabular sem ser caceteado" demonstrando uma carga social na obra de Hatoum.

Os conflitos familiares ficam extremamente evidentes, pois na família de Lavo, Ranulfo não trabalha e a única pessoa que trabalha (até Lavo se formar advogado) é Ramira, que não se dá muito bem com o irmão.

Na família de Mundo o pai, Jano, não se dá bem com o filho Raimundo, pois o filho quer ser artista e o pai acha que isso é besteira e as relações entre pai, filho e esposa ficam estremecidas.

Quem aparece na vida de Mundo e o inspira em sua arte é Arana, um artista considerado impostor por Ranulfo, Jano e Lavo e que aceita qualquer preço por suas obras, divergindo de Mundo nesse ponto, já que para ele a arte é um produto para venda e Mundo a vê como algo que carrega questões sociais e políticas além da beleza estética.

Mundo, com sua arte, tenta mostrar indignação com a situação dos moradores do Novo Eldorado e, com ajuda de Ranulfo, faz um campo de cruzes nas ruas sem calçadas do bairro, mas o que consegue é ser caçado pela polícia e a ira do pai.

Além disso, há o relacionamento secreto entre Alícia e Ranulfo, que é mantido desde antes do casamento de Alícia com Jano e o triângulo amoroso entre Ranulfo, Alícia e Jano vai se desenrolando ao longo da trama e a cada capítulo, através das cartas de Ranulfo a Mundo, os segredos vêm à tona. No final há uma surpeendente revelação em relação a Mundo e a identidade de seu verdadeiro pai, que é uma bela cereja nesse delcioso romance de Milton Hatoum, o garnde nome da Litearatura Brasileira atual.

Principais personagens:

Alícia: Mãe de Mundo

Arana: Tutor de Mundo

Fogo: Cachorro de Jano

Jano: Marido de Alícia e pai de Mundo

Olavo (Lavo): Amigo de Mundo (protagonista e personagem/narrador)

Raimundo (Mundo): Filho de Alícia e Jano (protagonista)

Ranulfo: Tio de Lavo

Ramira: Tia de Lavo e irmã de Ranulfo
O escritor Milton Hatoum

sábado, 6 de agosto de 2011

Fãs elegem a maior personagem de J. K. Rowling

Severo Snape mostra sua real importância na série apenas no último filme, mas, ao longo das 8 produções, foi cativando cada vez mais o público e numa pesquisa feita pela MTV News junto a fãs, ele foi eleito a maior personagem da saga Harry Potter.


De acordo com a biografia oficial da personagem, Snape é Professor de Poções em Hogwarts – apesar de sempre sonhar assumir as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas. Filho de uma bruxa com um trouxa, Snape pertenceu à Sonserina nos tempos de colégio. Ao sair de Hogwarts, tornou-se um Comensal da Morte. 

Quando Lord Voldemort desapareceu após tentar matar Harry, Snape passou para o lado do bem, protegido por Dumbledore. As razões são reveladas apenas no último livro da série, Harry Potter e as Relíquias da Morte. O professor e Harry não se dão bem desde o primeiro encontro, da mesma forma que Snape não gostava do pai do menino – Tiago infernizava a vida do aluno da Sonserina com brincadeiras de mau gosto. Há muitas dúvidas sobre a índole do personagem, que são mantidas em suspenso e reveladas apenas no sétimo livro.

Outras pesquisas também foram feitas como a de maior vilão, vencida por Bellatrix Lestrange (Helena Bonham Carter com o jovem Draco Malfoy (Tom Felton) ficando em segundo lugar (pesquisa feita pelo NextMovie.com)

O momento mais inesquecível da série foi a morte de Dumbledore (obteve 51% de 36 mil votos) e outra pesquisa elegeu o dispositivo de Hermione que permite viagens no tempo como o mais cobiçado pelos fãs se existisse, deixando a capa de invisibilidade em segundo lugar.


 ONetMovie.com ainda questionou qual dos atores principais tem mais futuro fora da saga mágica. O resultado: Rupert Grint (Ron Weasley) venceu com 43%, seguido de Daniel Radcliffe (Harry Potter), com 22% , e Emma Watson (Hermione Granger), com 17%.

Os fãs também elegeram a personagem que eles gostariam que recebesse um livro ou filme próprio e o vencedor foi Neville Longbottom, seguido de Luna Lovegood.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O fim de uma saga


 Fazer sucesso com um bom livro e depois o filme não é tão fácil e conseguir fazer uma série de sucesso então, é para poucos. Dois exemplos de êxito nessa jornada são O Poderoso Chefão com seis livros (sendo o primeiro com o título original O Poderoso Chefão, contendo nove livros compilados em um, e os outros cinco, com títulos diferentes, completam a história da saga da máfia italiana nos EUA) e três filmes e a trilogia O Senhor dos Anéis. Agora, Harry Potter entra para esse seleto grupo, mas com um feito um pouco mais difícil: conseguir extremo sucesso com sete livros e oito filmes.
J. K. Rowling conseguiu criar um mundo fantástico e uma excelente história utilizando-se de criaturas de lendas antigas e que sempre despertaram fascínio no homem, os bruxos, adaptando essas personagens em uma história para o público infantil e juvenil, mas sem perder a “essência” das lendas (não estamos falando de bruxaria propriamente dita, mas sim das criaturas de ficção, como os vampiros ou lobisomens).
As Relíquias da Morte parte 2, último filme da série, não para de bater recordes e conquistar títulos, entrando para a lista dos filmes mais lucrativos dentre as 100 Maiores Bilheterias (é o 26º atualmente) arrecadando mais de US$ 1 bilhão com 19 dias em cartaz, sendo declarada a bilheteria mais rápida a chegar aos $ 800 milhões de dólares mundialmente.


Foram 11 anos de expectativa por cada livro de Harry Potter transformado em filme, mas como era suposto, a história teria que ter um fim e ele veio com qualidade, emoção e deixa um gosto de quero mais para quem é fã do bruxinho com uma cicatriz na testa.
Mas para os admiradores não está “tudo perdido”, já que foi lançado o projeto Pottermore, que é descrito como uma “experiência literária online”, sem ser uma rede social ou um jogo online, e que vivenciará os livros em si, mas de uma maneira inovadora e mais interativa.


Para quem quiser saber mais sobre esse projeto há o blog oficial Pottermore Insider, trazendo aos fãs novas experiências e informações sobre a história, respondendo algumas das perguntas feitas por fã-sites, esclarendo aquilo que os fãs mais querem saber sobre o projeto.