quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Persépolis, Marjane Satrapi

Comprei Persépolis (Companhia das Letras, edição única – R$ 46,00) para o Desafio Literário do mês de outubro, cuja proposta é ler Graphic Novels. Eis que o livro chega pelo correio, abro o pacote como um cão feroz e ignoro os outros livros que adquiri. Não posso esperar outubro. Meu desejo é saber como é o traço de Marjane Satrapi, autora do tão aclamado Persépolis.

Assim começo a folhear o livro e descubro que é uma autobiografia em quadrinhos. Também descubro que Marjane tem uma história de vida muito interessante, viveu em meio a Revolução Islâmica de 1979, quando o Irã se tornou um país extremamente repressivo e conservador. Viu seus entes queridos serem presos, alguns até mortos em nome de uma liberdade que não usufruíram.

Quando completou 14 anos, seus pais mandaram-na para Áustria, onde aprendeu a viver sozinha e cuidar de si mesma, enfrentando dificuldades que a fizeram sentir vergonha de si mesma por ter deixado seus valores de lado. Depois de quatro anos retornou ao Irã e descobriu um país completamente diferente, retomou sua vida, adaptando-se à nova realidade e se tornou uma nova mulher.

E depois de mais algumas aventuras e desventuras de Marjane, chego ao final do livro. Meus sentimentos em relação à leitura são fortes. O livro me fez rir, chorar, sentir raiva do Irã, raiva de Marjane, ódio de pessoas ignorantes que se tornam cegas perante a religião, ódio de pessoas que usam a religião para manipular, ódio da humanidade desumana e até ódio de mim mesma.

Já disse aqui antes, e agora repito que a leitura é um encontro. Através das personagens, nos encontramos, repletos de qualidades, defeitos, medos e frustrações, afinal, somos apenas humanos, demasiadamente humanos.

Para finalizar a postagem de hoje, faço das palavras de Érico Assis minhas palavras:

“Em meio a toda tristeza da situação do Irã, a biografia de Satrapi é forte ao revelar o que é ser um civil no meio de uma revolução, de uma transformação cultural violenta e de uma guerra. Um boneco que não pode fazer nada, sujeito aos desígnios de governantes, que parecem insanos. Mas, no clima de terror e incerteza do país, Marji e sua família ainda encontram tempo para rir. São estes momentos, de humor no meio do caos (às vezes um tanto nervoso), que tornam Persépolis imperdível”.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Divulgação: Conexão Linguagem

Olá pessoal!

Conheçam meu novo blog, o Conexão Linguagem.

Ele foi feito especialmente para o componente curricular Linguagem e Tecnologia do curso de Letras da Universidade de Sorocaba. Nele, escreverei resumos das aulas e artigos que envolvam o componente curricular.

Em relação ao Literatura, Cinema & Cia, ando meio sumida porque as aulas voltaram e minha rotina, infelizmente, é muito corrida. Durante esse mês de fevereiro, li muitos livros e assisti vários filmes que serão resenhados nos próximos dias. Em breve também teremos nosso primeiro sorteio. Aguardem os próximos posts!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

200 anos de Charles Dickens


Charles Dickens é um dos maiores escritores de todos os tempos. Nasceu em Portsmouth em 7 de fevereiro de 1812 e faleceu em 9 de junho de 1870 aos 58 anos, deixando uma vasta e importante obra.

 Escritor da era vitoriana (considerado o melhor de sua época), sua obra contribuiu para a introdução da crítica social na literatura de ficção inglesa e se mantém atual, transcendendo seu tempo, língua e cultura, tornando-se verdadeiro clássico da arte mundial.

Essa data especial será comemorada com exposições e eventos pelo mundo inteiro e há um site oficial dos 200 anos de Dickens, o Dickens 2012.

O Google também aproveitou para fazer uma homenagem com mais uma de suas belas artes: