Sinopse: Rose Fitzroy esteve dormindo por décadas. Imersa num sono induzido, esquecida em um porão por mais de 60 anos, a jovem foi tratada como desaparecida enquanto os anos sombrios pairavam sobre o mundo. Despertada como que por encanto e descobrindo ser herdeira de uma corporação multimilionária, Rose vai entendendo pouco a pouco, tudo o que aconteceu em sua ausência.
Ela descobre que seus pais estão mortos. O rapaz por quem era apaixonada não é mais que uma mera lembrança. A Terra se tornou um lugar estranho e perigoso, especialmente para ela, que terá de assumir seu lugar à frente dos negócios.
Desejando adaptar-se à nova realidade, Rose só consegue confiar numa única pessoa estranhamente familiar. Rose até gostaria de deixar o passado para trás, no entanto, ao pressentir o perigo, percebe que precisa enfrentá-lo ou não haverá futuro.
Anne Sheehan fez algo inovador em Adormecida. Transformou a ideia central do conto da Bela Adormecida em algo pretencioso e distópico.
Rose fica anos em extase, um tipo de sono induzido a partir de uma cápsula protetora, (me lembrei do Sayoran em Tsubasa Chronicle, mas não vem ao caso) e é despertada por engano, quando um residente do condomínio tropeça na sua cápsula, perdida numa sala há anos, e faz a reativação por engano.
A narrativa é em primeira pessoa, como na maioria dos YA. Rose narra sua infância e conta suas experiências precoces com a cápsula de sono, sua relação com os pais e seu relacionamento com Xavier, um menino que viu nascer e se tornou seu namorado, antes de despertar, é claro.
Rose sempre ficou muito tempo em extase. Seus pais viajavam e a colocavam na cápsula, iam para uma festa e a entubavam, como uma mãe coloca um filho para dormir, só que de um jeito macabro. Rose ficava semanas, meses e até anos em extase. Até que um dia, os pais não voltaram para despertá-la e ela acordou 70 anos depois, percebeu que todos estavam mortos e que ela era herdeira de um imperío milionário.
Ambicioso? Sim.
Além da premissa de um conto futurista, Adormecida tem a pitada certa de distopia misturada com FC adolescente: romances, tecnologias inovadoras, sistema dominador, alienígenas que sofrem opressão etc.
Bem desenvolvido? Em partes.
Anne Sheehan deixa espaço para continuações. Adormecida é a introdução. Somos apresentados a Rose e descobrimos seu passado e suas dificuldades em lidar com o presente. No final da narrativa, concluimos que Adormecida é o primeiro livro de uma série. Espero que a continuação não demore muito, uma vez que foi a curiosidade que surgiu ao final da leitura que me conquistou.
2 comentários:
Aléxia, eu gostei bastante do livro quando o li, ele é angustiante às vezes, principalmente quando vamos percebendo que o amor e cuidado dos pais de Rose não eram assim tão sincero ou com boas intenções. E o final só faz deixar a gente ainda mais intrigado com a súbita revelação que ela tem. Tomara que venham mais livros.
Eu gostei também. A ideia é bem legal e diferente. Eu li a respeito de uma trilogia, espero que seja verdade!
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